quinta-feira, março 21, 2024

03/21/24; 20:20

 


3/21/24; 20:20

Cá vamos nós, mesmo sem contagem decrescente nem aquecer turbinas, é chegar, entrar e levantar para onde a mente me levar, à velocidade que o espírito definir como mais adequada.
De relevante, apenas um dia que passou, sem sobressaltos nem falhas de saúde, perfeito? Absolutamente não, admitir isto seria como deitar a toalha ao ringue.
 Cá estou numa atitude useira de recorrer a termos que me ligam a manifestações que abomino, essa expressão da toalha está ligada ao boxe e detesto, não entro em mais pormenores porque envolve pessoas, não consigo entender mas abstenho-me, são humanos a maltratarem-se, não envolve animais, bom, quando muito lá poderão maltratar alguma barata que ande por lá no ringue.
Por falar em barata, sem qualquer tipo de comparação, oiço pelos sentidos, arranharem a tampa de uma das caixinhas, vou até lá tenho um carinho especial pelo que está dentro, na verdade, é o tesouro mais valioso que tenho, vamos lá descer os gelados degraus de mármore verde, acho ser uma escadaria construída com mármore da Rodésia.
Ao longo da escadaria há minúsculas mas potentes colunas de som não as consigo ver e nem faço questão, basta que me façam chegar à Alma as músicas que gosto,
Acaba a escadaria tenho à minha disposição, uma pequena sala que mantém a música ambiente e a luminosidade certa para se ver tudo nítidamente, bem relaxado, sento-me na poltrona que parece feita de nuvens e aguardo, sei que aqui não tenho qualquer autoridade, abre-se a tal caixinha que vai deixando sair letras de ouro, ou apenas douradas.
Clash krak km trrr
Bala na câmara
Ruído não engana
Desta vez
Noite sem lua
Um tiro
Um grito de arrepiar 
Outro tiro
Silêncio na rua
Fechar janelas
Luz é para rir
De velas meu luar
Peito encher
Cair na cama
Tentar dormir
Outro dia pode ser
Talvez
O. O. Luanda, 07/05/1994 (00:15)
( Meus agradecimentos a rádio Relax international, Tallinn-Estonia por ajudar a este momento )




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