A minha
ignorância no fundo mas não servindo atenuante, já me acontecera antes porém,
esta doeu mais na medida em que acontece em território de zona de conforto,
para dizer que tinha obrigação de estar mais atento e assim, não passar por
estes vexames.
E foi assim,
à boleia do citado jogo, deparei-me com um monstro da cultura portuguesa o qual
escondido e disfarçado como muitos outros, numa ação premeditada de analfabetismo
induzido pelos diferentes regimes políticos que Portugal já conheceu (não foi
apenas fascismo/dita democracia).
Abreviando, dei
de caras com Sarah Beirão, um curriculum social e intelectual impressionante, a
ofuscar qualquer figura forjada candidata ao Panteão Nacional.
Estudei
literatura portuguesa, em momento algum ouvi falar, nem li, fosse o que fosse
sobre esta senhora e mesmo sem acesso a qualquer indício que me levasse até ela,
não deixo de sentir vergonha, na medida em que me sinto cúmplice das manobras
obscurantistas das nulidades politiqueiras desta praça.
Depois quanto
mais mexo neste assunto, mais motivos me aparecem para tapar a cara, dias antes
a RUC até tinha feito um programa sobre esta senhora, tem de ser este o
tratamento pois não há um que englobe tudo o que ela foi.
Escritora,
jornalista, publicista, ativista dos direitos das mulheres e filantropa, que se
distinguiu no panorama cultural e político de Portugal durante as décadas de
1930 e 1940.
Isto é o que consta
de uma das Wikipédia que lhe dedicaram e, basta para perceber minimamente a
dimensão do vulto em causa.
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