sexta-feira, setembro 13, 2024

diario de 13/09/2024 sexta-feira

 

Desde que poisei os pés na rua, quase toda a gente com que me cruzo faz questão de me lembrar a sexta-feira de hoje, não sou muito dado a estas superstições mas acho isto mórbido, enfim não me vão afetar com cenas destas.

Pior do que o treze da sexta-feira, é esta gripe danada que entrou com pezinhos de lã e vai-me mantendo a pão e água, estas moléstias deitam-me mesmo abaixo em dois sentidos.

Por um lado, a ação corrosiva do viros, não estamos bem em posição alguma que se escolha, transpiramos, temos frio, temos calor, puxamos a coberta, empurramos a coberta, sentamos a cama, levantamo-nos, damos uma volta pela cozinha para petiscar alguma coisa mas temos o estomago enrolado.

Finalmente chega a hora do pequeno-almoço, forçamos a ingestão de algumas coisas, no meu caso, com dificuldade e algum sacrifício, umas tostas pequenas, flocos de frutos vermelhos e não deu para mais.

Depois aparecem as traições de luva de seda, o bar onde tomamos café antes de pegar no batente a sério, abrilhanta para o almoço pernil assado no forno, considero isto morbidez com requintes de sadismo.

Fiz uma experiência kamikaze, ainda estou à espera do resultado, para combater a acidez insuportável no estomago, comi uma sopa de creme de cenoura gelada, já lá vão quinze minuto e ainda não explodi, pelo contrário a acidez abrandou e espero bem que o diabo seja surdo.

O outro sentido de tudo isto que omiti lá para cima, é fazer-me lembrar os degredos que passava com o famigerado paludismo, incomparavelmente muito pior mas também sobrevivi, neste caso ao protozoário.

Estou mal disposto, estou azedo e intragável, sem outro assunto.

Atentamente,

LsM

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