domingo, junho 23, 2024

23/06/24;07:55

 



Rua com duas vozes galhofeiras, trabalhadores de empresa de mudanças, ao fim-de-semana ou esperadicamente é rotina ver mudanças pela cidade.
Quem ainda tem dinheiro aluga os serviços de uma empresa, quem já não tem apresentam as situações mais frequentes, destas é raro dia, quase sempre ao fim da tarde, ouvir-se pela rua, o ruído característico das rodas de uma mala de viagem, estes são dos quartos alugados.
Seja em fração completa ou quarto, a ganância não deixa ninguém estabilizar num lugar, acabada a validade da caução lá vamos todos de mudança, felizmente ainda não me tocou a vez mas não tenho ilusões, em condições normais é uma questão de meses, depois não sei nem quero saber, saberei quando acontecer.
Ofertas de asilo não têm faltado mas, quando isto tiver de ser, é acabar o parágrafo e encerrar o último capítulo.
Entretanto, hoje ainda me posso deleitar com o que se passa na rua aonde ainda vivo, um saxofone que se ouve desde há uns três meses, o vizinho do prédio da frente um pouco mais abaixo, com seu kicanta em decibéis acima do limite do bom convívio porém, perdouo-lhe a ousadia pelas duas ou três canções de Mireille, Champes Elisée, Tu a ganhé,Caruso, depois silêncio, imagino ele a deixar cair-se sobre a almofada para ter sonhos aos ziguezagues.
Basicamente isto retrata a parte exteriorizada do que se passa nesta simpática rua, em miúdo usava muito a expressão "ficar em fanicos", algo que foi triturado em milhões de pequenos pedaços, assim posso descrever o meu estado emocional.
Sem outro assunto,
Atentamente,
LsM 


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