sexta-feira, agosto 30, 2024
diário 30/08/24
terça-feira, agosto 27, 2024
Diário de 27/08/2024
Talvez seja, ou talvez não mas também já não me preocupo muito, falo das emoções que os meus químicos atiram para a estrada, saltando da gaveta o sentimento correspondente, o qual se irá postar frente ao consciente, reivindicando os seus direitos, nunca levando em conta os seus deveres, isto de não assumir os deveres, é uma característica dos sentimentos.
Por norma, o sentimento impõem -se, não pede licença nem se faz anunciar, baralha a razão ao ponto de a anular e das consequências da sua presença ri ás gargalhadas.
Por defeito, o sentimento tem uma relação tumultuosa com sentimentos terceiros.
MORAL DA HISTÓRIA: O sentimento não tem bola de cristal.
De V. Exa(s).:
Atentamente,
LsM
domingo, agosto 25, 2024
Diário de 25/08/2024
Uma semana
sem ondas nem ventos alucinados, dias passados em paz, como gosto agora, nesta
fase , uns tempos atrás e quanto mais para trás pior no sentido de melhor, um
cenário destes seria uma tortura obrigando-me a improvisar loucuras para
consumir adrenalina.
Não será
como se diz por aí, “mudam os tempos, mudam as vontades, isto mexe com os meus
princípios e neste capítulo tudo segue pele rota inicialmente traçada.
Burro é o
outro que dizia só os burros não mudam, ainda bem que assumiu este pensamento
como uma máxima da sua linha de pensamento por dois motivos, um motivo dá-me
razão em pensar como penso porque de facto, só os burros é que mudam
Só existe uma verdade
A minha
A minha verdade de resto
Só tenho de caminhar
Desapercebido
Descontraído
Pelo meio do rebanho
Obedecendo às regras
Umas estupidas
Outras não
Mas verdade
Só há a minha
Danem-se os demagogos
Falsos profetas
Falsos procuradores de deuses
Danem-se todos
Só há uma verdade
A minha
E mais nenhuma
(Luanda, 01/02/2004)
O segredo da Vida
Está na morte
O segredo da morte
Está na Vida
Segredo é isso mesmo
Segredo
Mada mais que isto
O resto é mistério
Ilusão
Engano
Fuga
E para nada
Limitados neste colete
Simples e implacável
Vida e morte
(Luanda,
01/02/2004)
Um dia de Vida
Sem pedir
Que venha
Podemos viver
Ou apenas ir
No fim
Conseguir dizer
Valeu a pena
Saber que consegui
quinta-feira, agosto 22, 2024
O Diário de, 22/08/24;21:40
Finalmente em prática a revolução doméstica que ando a prometer a mim mesmo e à boa maneira dos politiqueiros vou protelando, adiando e arranjando desculpas.
Objetivo da operação, aliviar a carga, desfazer-me de tudo o que nos últimos dois anos não me serviram de nada ou nem para essas coisas olhei.
Teoricamente somos defensores acérrimos de filosofias corretas mas na hora de as assumirmos na prática, agimos como os políticos fazem com as guerras, provocam-nas mas mandam para lá os outros.
Hoje até consigo tirar ilações a partir de algumas virtudes desses trambiqueiros das politiquices, qualquer virtude que se nos apresente ao caminho, não tem de necessariamente ser boa.
Isto porque na realidade, não há consenso sobre valores e virtudes, é sobre esta realidade que os politiqueiros navegam, com alguma atenção a esta realidade, percebe-se o à vontade como essa corja se movimenta sem qualquer pudor, pelos campos da mentira, maldade e tudo o que humanamente seja deplorável, é a pocilga onde chafurdam.
O que de facto me interessa, tenho conseguido aliviar bastante a carga, entrei no último espólio e o mais complicado de abdicar, os escritos, ao longo dos anos tenho me desfeito de bastantes mas ainda para aqui tenho muitos quilos para resolver.
Sem outro assunto,
Subscrevo-me,
Atentamente,
LsM
segunda-feira, agosto 19, 2024
20/08/24;00:00 (obviamente é falso).
Diário 19/08/24;03:40
domingo, agosto 18, 2024
andando e desandando
Vamos
Por aqui
Continuar a ser
Humanos
Sem odiar
Sem rancor
Por ti
Por mim
Longe desse lixo
De gente que esta merda fez
Do fim
Na hora da ida
Doloroso
Que iremos ter
Isso decidiram
Nada a dizer
Vamos todos
De uma vez
Pelo ralo da Vida
😕
Nem rio
Nem mar
Era noite de luar
O que foi
Como foi
Porém
Anjos tinha lá
Bem os ouvi
A rir
E a cantar
O resto
Gostava saber
Mas não sei
E também
Não vou inventar
😊
Não
Passado é passado
Não me agarrei
Nem me agarrou
Vivi um pedaço
Por pouco durar
Algo impensado
A esse bocado sim
Estou amarrado
Ao que fiz
De lindo
Que me fez feliz
Ficará comigo
Até ao fim
Do passado
Devo respeitar
Mas de bom
Nada me deu
19/07/2024
😝
Não
Não sou eu
Disfarçado de mim
Sou sim
Filho de África
Não um camaleão
Não quero saber
Nem vou perguntar
Sou este assim
Não chateão
Vão lá na bufaria
Mugimbar
Do branco bangão
Que está-se a armar
😍
sexta-feira, agosto 16, 2024
o Diário, 18/08/24;21:45
quinta-feira, agosto 15, 2024
o diário 15/08/24;03:40
segunda-feira, agosto 12, 2024
12/08/2024;23:40
domingo, agosto 04, 2024
04/08/2024;18:42
Terra
de poetas estranhos
Não é natural nesta altura do campeonato andar ainda a arrumar
os pirulitos, teoricamente pelos bons costumes já devia ter isto resolvido, não,
está pior, cada vez que mexo no sótão desarrumo mais, foi uma experiência de
vida intensa e alucinante.
Portanto, vamos lá por partes tentando não me enrolar de novo,
antes de chegar aos poetas estranhos, uma pequena introdução.
Hoje tenho a ideia consolidada de me ter sentido verdadeiramente
angolano até ao dia da independência, a partir daí, um processo externo de erosão
foi-me empurrando para fora, na tentativa de me fazerem sentir estranho na
minha terra.
Portanto, senti bem forte esse processo de erosão para me
fazerem sentir a mais, nunca dei importância a boçais intelectuais mas percebi
que na minha própria terra tinha os dias contados, do tipo, estou a prazo tenho
de me organizar a qualquer momento levo um pontapé no traseiro para me tundarem
daqui.
Apesar dessas investidas acéfalas serem fortes, decidi para mim
mesmo, vou embora sim mas quando eu decidir nunca será por vontade de mentes
jurássicas e assim foi.
Portanto vamos entrar nos poetas estranhos, havia para todos os
gostos, os da bebedeira destes nada tenho a dizer, apanhei muitos pifos com
alguns deles, lembro com carinho António Jacinto, com quem partilhei muito quimbombo
e kapuka, o Chivas chegou mais tarde.
Estes eram os freacks com quem me dava lindamente.
Pouco antes da independência havia grupinhos de imbecis vocacionados e mandatados pela cúpula do MPLA para aterrorizar os brancos, obrigando-os a fugir e assim poderem usurpar-lhes os bens.
Num deste grupinhos andou um poeta muito famoso, pelo seu
histerismo patriótico e ódio aos portugueses, já lá vamos.
Estes eram poetas com a característica de fazerem poemas ao quilo
a engraxar o imortal também poeta que já morreu.
Assim tinham as portas abertas em toda a estrutura do imortal
que se finou e esses, bastava apontar o dedo para um gajo ir na pildra ou ser
mesmo fuzilado.
Bom, o poeta energúmeno a que quero chegar notabilizou-se por inúmeras
ações contra os portugueses, Portugal e em geral nutria um ódio mortal aos
brancos.
Lembro-me do processo 105, um julgamento forjado para expulsarem
o maior numero de portugueses que pudessem e esse dito poeta, humilhou
portugueses e brancos para lá do limite humano, este julgamento era transmitido
todas as noites na televisão para intimidar a restante comunidade.
Vou tentar abreviar esta treta, até porque a pessoa em causa não
vale um traque.
Agora vejam, um emplastro com um currículo racista,
anti-portugues, anti-branco, anti-humano um recalcado do raio que o parta,
soube isto no sábado. Decidiu vir viver para Portugal com os dólares do povo
angolano.
Qualquer pessoa oriunda daquele território sabe perfeitamente de
que “coisa” falei hoje aqui.
Nem me admiro que um dia destes seja eleito presidente da junta
do bairro onde está porque, entre ele e estes que se alaparam no Poder em 1974,
a merda é a mesma.