THE END
(como nos filmes)
Tudo ficou
Lá longe
Minha amiga
A cubata
Palmeiras
Cafeeiros
O nosso
mato
Lá longe
O luar
Os bichos
Que também
sou
As chuvas
O sol
Lá longe
O principio
A Vida
A esperança
Tudo
Tão longe
O.O.,
Luanda 10/11/1993
CÉREBRO
Confusão
Vida baralhada
Não sei
por onde ando
Vontade
de blasfemar
Pensamento
desafiando
Um fim
Dedos nos
cabelos
Vinte dedos
Apertando
e arrebanhando
O que
resta de mim
O.O.,
Luanda ? – 1992
Vais-te exorcizando
E fico apalermada
Pois vou percebendo
Da tua Vida passada
Toda a razão de ser
Desta identificação
Sem ser arranjada
Já cá estava
Em nós entranhada
É ASSIM
O grande acontecimento
Um pingo
de água
Escorre
pelo corpo nu
Rola como
que fugindo
Desaparece
no chão
Deixo de
a ver
Mas vai
indo
Sei lá
eu para onde
O.O.,
Luanda, 01/04/1981
Nunca escreveria assim
Se fosse de acreditar
Em fantasmas e afins
Ia flipar
Sim
A escrever
És doido varrido
é a sensação de ter
Diante de mim
Um espelho
Para onde estou a olhar
DESILUSÃO
Tristeza
De uma
mente oca
Pegar na
caneta
Com uma
certeza
E abrir
boca
O.O.,
Luanda, 25/04/1992
Assustador
Este decalcar mental
Nunca vi estes escritos
Não leves a mal
Mas és um estupor
In TWITTER 02/07/20322
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