Ai wé
Ontem
Me xingaram
M´bora disparataram
Sem asneirar
Sem falar mal
Sem essas coisa
De porra
Merda ou quê
Nada
Insulto apenas
No sorriso
De apertar a mão
A lhe desinfetar
escondido
O tempo lhes acabou
Só sabem rir
Na minha diferença
Bem diferente deles
Hoje é eu
A lhe beber até
cair
No kapuka lisboeta
Dos próprio
alambique
A destilar cabeça
de branco
Évora,
22/03/1995
Amigo
Desculpa
Não consigo
Levanto-me
Caminho
Desafio
E até sorrio
Logo a seguir
Volto a cair
Tens de desculpar
Escrevo assim
No meu desencanto
No desânimo
Na descrença
Um dia
Tenho a certeza
Vamos cantar
Alegres
Felizes que já
fomos
Dessa vez
Sem carpideiras
Falsas e venenosas
Escondidas
Na rádio
Em ondas curtas
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