terça-feira, novembro 29, 2022

Fome má conselheira


Bom dia

Normal em ti

De lembrar

Memória não há

Só duas opções

Uma é para acertar

Não comeu

Dormir mal

Tu nunca dorme

Fácil de acertar

 😛

Fome com certeza

Barriga a roncar

Vamos comer por cá

Já é dia

Antes de dar

A porra da azia

Ou alucinações

E pode doer

😑


segunda-feira, novembro 28, 2022

sabendo


Sabes comigo

Não sabes

Fiquei feliz

Assim quis

Tinha medo

Da porta

Já não tenho

Tenho-te comigo

 😊

Não sabia

Nunca disseste

Foi assim

Conheces-me bem

Sim

Com calma

Antes de ir

Fazia

A porta explodir


😈


domingo, novembro 27, 2022

Por vezes é assim


Posso

De poder

Basta querer

Mas

Não quero saber

E assim

Vou esquecer

 😏


Teu abraço

Suave

Calmo de paz

Com teu braço

A ti me enleaste

Não amei

Nunca fui de amar

Negar não sou capaz

Pois na verdade

Adorei

 

Teu abraço

Suave

Calmo de paz

Com teu braço

A ti me enleaste

Não amei

Nunca fui de amar

Negar não sou capaz

Pois na verdade

Adorei


😁


sexta-feira, novembro 25, 2022

marcas

 


As pegadas

Podes olhar

Não te perseguem

Vão contigo

Todo lugar

Que optares por ir

Estarei contigo

E as pegadas

Não deves recear

São minhas

Sigo-te a sorrir


      😊


quinta-feira, novembro 24, 2022

porquê


Apertar a cabeça entre as mãos, na vã tentativa de esmagar todas as questões para as quais não há nem nunca haverá respostas, gritar no mais profundo do meu silêncio interior, abanando e estremecendo as entranhas, amedrontando o espírito e afugentando a alma, questionando o porquê de tantas questões.

 

Perguntas que se sabe à partida, nunca virem a ter resposta, interrogações que se vão empurrando e encurralando para o mais profundo de tudo que conhecemos de nós.

 

Sentir sim, as mãos feitas em dois rochedos, tentando esmagar ingloriamente o que permanecerá para sempre nesta maldita parte do corpo que se julga conhecedora de tudo e com respostas para tudo, quando afinal, sabe é nada de nada.

 

A saber, podia resolver pelo menos uma resposta que fosse e não consegue, deixando que a felicidade se reduza ao facto do bom funcionamento mecânico, do controlo da vital respiração e outras coisas que nem a todos é dado vivenciar.

Porque afinal, não somos mais do que isto, é uma forma de passar o tempo, esta de julgarmos que somos alguém, uma espécie de brincadeira de crianças em idade avançada, sem qualquer estatuto ou autoridade para entender o que quer que seja para além do que é básico e alimenta esta ilusão.

 

E não há esperança de que algum dia as coisas sejam diferentes, as mentes apenas se vão adaptando e seguindo o momento real que lhe é imposto por uma eternidade que determina um rumo desconhecido mas nada bom.

 

certeza

 

Uma

Uma e bastava

 

Abrir a mão

Sentir a beleza

 

Desse sorriso

No coração

 

Nesta certeza

Mais nada era preciso

Sim acreditava


 😋


quarta-feira, novembro 23, 2022

cansativo

 


Cansa

Voar

Seguir o vento

Na sua dança

Tem de ser

O alento

De minha Alma

                Poder gritar

Liberdade

O seu alimento


segunda-feira, novembro 21, 2022

O desatino


Acabar sei irá acontecer

Como e quando não

Um dia noite ou tarde será

É algo que não tenho mão

 

 Apenas padecer não queria

 E nisto mão posso ter

 Em tudo a Vida não mandará

 😠

                                                                                 O menino

Vai fazer-me um favor

Bem grande por sinal

Deixar de ser tolinho

Passou o tempo da traquinice

Pare de escrever palermice

Enche-me de dor

Tem de confiar

Acreditar

Não olhe que  não sei

Vá-se lixar

Veja se atina porra

Tudo bem

Prometo atinar também

😡

domingo, novembro 20, 2022

semanada



Semana linda

Muita oportunidade

Ainda não acabou

Momentos de reflexão

De pensar

Tomar uma posição

Mostrar personalidade

Exibir coluna vertebral

Na verticalidade

E mostrar

O que somos afinal

 😅

Perdoar

Pode ser

Talvez não

Não  tem mal

Nem terá ais

Posso dizer

Mas sentir

Jamais

Não sei esquecer

Nem mentir

Não há perdão

Vão-se lixar


😡



sábado, novembro 19, 2022

As trip


255 – feira popular

De paquete cansei-me de viajar

De avião seria a primeira vez

Mas pelo quadro que podia ver

Não era o único virgem por ali

 

  Muita confusão e nenhuma sensatez

              Tiros e bombas ainda ouvi

              De avião andei antes mas na feira popular

             L

 

256 - tripando

Tudo aquilo foi de estranhar

Uma coisa é uma mangueira trepar

Outra bem diferente

É ver o planeta lá do ar

 

O bicho-do-mato não ia fraquejar

Nem devia ficar pior pela frente

Assumi ares de há muito viajar

             L


sexta-feira, novembro 18, 2022

pedaços


bocados

São pedaços

De ti

De mim

No céu

Perdidos

Sob um véu

Entrelaçados

Numa rede sem fim

dormir

 

Frio de tinir

Percorrendo a coluna

Corta como navalha

Da lâmina

Sinto-lhe o fio

O alento

O aconchego

O silêncio

Que me anima

Posso sentir

Dentro de mim