Fugiu
Decidiu ir
E fugiu
De tanta dor
Com coragem
Partiu
Deu-me a saber
Quando se despediu
Nada a fazer
Mas não fugiu
Nem foi o fim
Decidiu ir
E esperar por mim
Fugiu
Decidiu ir
E fugiu
De tanta dor
Com coragem
Partiu
Deu-me a saber
Quando se despediu
Nada a fazer
Mas não fugiu
Nem foi o fim
Decidiu ir
E esperar por mim
Chuva
Muita
De mais
No
coração
Na Alma
Sei lá
que mais
Cala
meus ais
Dá-me
tua mão
Danço
feliz
Sim
Estou
aqui
Posso-te
sentir
Assim
quis
Um Deus
desconhecido
Deixar-nos
continuar
Por ti
Por mim
Anda
comigo
Vamos
bailar
Mesmo a
fingir
👷28/10/2022
Espelho |
De água |
Na montanha |
Não é mar |
É lagoa
Espelho
É água
Na montanha
Está mal
Não me engana
É mar
👫
Não faz mal
Não sei guardar
Rancor
Nem mágoa
28/10/2022
250
Nessa altura de viver
Já perdera a conta aos mistérios
Em qualquer momento delicado
Nos assuntos mais sérios
Sem pedir ou querer
Nem precisava enviar recado
Vinha a enigmática proteção
L
251
Andar na rua acabou
Esse amigo aparecido
Levou-me para seu apartamento
Lá fora a situação piorou
Duas semanas escondido
À espera de um bom momento
Que nunca chegou
L
Oferta
Recebi ofertada
Uma vida
Não herdei
Por boa educação
Não foi negada
Sei que a vivi
Para explicação
Como a senti
Já não sei
248
A cena mais esquisita
Também no Huambo aconteceu
Os marretas da UNITA
Moveram-me perseguição
Ser do “M” foi a acusação
Tive de cuidar do que era meu
O coiro para sustentação
L
249
Estranhos acontecimentos
Inexplicáveis e misteriosos
Não faltam na minha rota de viver
A fugir daqueles marretas perigosos
Apresentou-se-me um novo amigo
Trazido por bons ventos
Sem me conhecer preocupou-se comigo
L
246
Por um motivo qualquer
Comigo acontecia assim
Tive acusações do arco-da-velha
Onde ganhava o “M” diziam-me da
UINITA
Ganhavam os outros ia de rota
batida
Do resultado nunca fiquei à
espera
Por fim tive de cuidar a minha
vida
L
247
De salta-pocinhas cirandei
Quase até à independência
Não havendo mais para me apontar
No Huambo deram para inventar
Sem qualquer decência
De amiga com quem andei
Acusaram-me de a mota lhe roubar
L
Um naco
apetitoso
O que Angola
se transformou
Um desfile
asqueroso
Qualquer
sonho ali acabou
Sem qualquer
vergonha ou moralidade
Negociavam como
melhor roubar
Vencia o
império da maldade
L
245
De sonho
fantasia e ilusão
Perante uma
realidade cruel
A independência
que para mim
Fora uma
causa e bandeira
Passou a ter
gosto de fel
Vi-me no meio
de selvajaria sem fim
Passou tudo a
grande desilusão
L
Pastor
da serra
E
euro-africano
Das montanhas
dele
Lá do
Kimwanza
Até mim
tinha de vir
E é real
Não é
ganza
Até o
diabo
Teve de
fugir
Mas eu
não
Não consigo
acreditar
Não pelo que padeci
Isso deu para
aguentar
Olho para tudo
Tenho de desabafar
Meu Anjo da Guarda
Foi espetacular
Vai
animado
Fazes
bem
Desligar
Temos de
aprender
A fazer
Sumo de
pedra
Esse
mundo
Entregue
a dementes
De
gritos e dores
Bateu no
fundo
Todo ensarilhado
De momentos
amargos
Vamos fazer
Simples
flores
Um nadinha de tempo
Fosse desperdiçar
Com esse mal
Que te deu de falar
Por certo
Ia-me preocupar
Mas comigo
Minha saúde mental
Agora dão de mexer
Contigo
Faço a música mudar
Um quente e dois a
ferver
Todos sabemos
bem
Que há
um fim
Tinhas de
me aparecer
Desvie o
olhar
Fui eu
que te fisguei
Porém
Ia eu a
dizer
Apareceste
ao caminho
Com mil
noites pra contar
Encheste-me
de carinho
E ai ais
Mandaste
tudo ao ar
Até o
fim conseguiste acabar
Fim não
há mais
Por certo
O mundo
Não acabará
Nem perto
De acontecer
É gripe de moer
Que passará
Mas bateu fundo
Por cá