Entre nós “M” assim era conhecido
Desaguisados houve e era natural
Nada que não fosse resolvido
Umas vezes a bem outras a mal
Por norma acabava tudo bem exceto
da chefia
Um pormenor nas bases do
Movimento
Sobre a cúpula não havia
entendimento
L
Importante
de sentir
É o
momento de sossego
Até
agora a funcionar
Penso no
depois acontecer
É o meu
desassossego
Tenho
medo deste pensar
É quando
seguro tua mão
Pensar nem sempre
Ponderar procuro
fazer
Digo coisas sem
sentido
Não é falta de tino
Vou dizendo por
aqui
A razão principal
É sentir teu
sorriso
Assim tipo
A menina pergunta
Posso entrar
E eu responder
Entre
Isso é o
trato
Da boa
educação
Nem é
para rir
Mas tu é
bicho-do-mato
Não te
largo da mão
E a
procissão
Pode
seguir
Já percebi
Na rua a andar
Tu me empurrar
Dar beliscão
Ou prensar minha
mão
Vindo de ti
Era de estranhar
Agora percebi
Não podes mais negar
Não é só coração
O torrão que te viu nascer
Corre em tuas veias a ferver
Contra isso para de lutar
É batalha para perder
Só te vais machucar
Não bastava este
sentir
Tenho de te aturar
Tua Filosofia ouvir
Nada posso fazer
Nem resistir
Razão tenho de te
dar
Nada a reparar
Conheço-te bem
Mais do que a mim
Sei ler esse temporal
Devastador dentro de ti
Enche-me de dor
Nada poder fazer
Não leves a mal
Porém estou aqui
E está a bastar
São sim
Duas metades
Andam assim
Um esquece de si
E ao primeiro
relampejar
O outro vem segurar
…//…
Pois vai saber
E por mim
Em primeira mão
Olhe bem eu
Não olhe para o lado
Não vai desistir
Não morreu
Nem irá acontecer
Assuma o que é seu
Preciso de ti assim
Maluco e estouvado
O diabo pode vir
desconseguirá
prémio dar
E a vaca pode
tossir
De maluquice e
estouvadice
Entre nós minha Rainha
Impossível atribuir
Segredo nem há
Levaste meu coração
Consigo pensar
Sentindo tua mão na
minha
Lágrimas e má sina
Te esqueceram aí
Raiz que não morreu
Ficou recusou vir
Vermelho e barrento
Nesse chão deixei
Esse fui eu
Cansei ver tanto
sofrimento
Deixei de ser
Não quero mais de
ti
Porque te amei
Quero-te pedir
O meu esquecimento
Tens de saber
Estou-me a demitir
Uma janela é apenas uma janela, nada mais do
que isso, o formato, a disposição dos vidros, não diz coisa alguma, muito menos
a cor, o que na realidade conta, é o conteúdo que ela protege por trás, lá
dentro, não objetos e bugigangas, o que se movimenta por lá é que é importante,
o mundo gira à volta dessa janela, é esta a sensação, mais do que isto é pura
ilusão.
Não
há repetições
Assim
a vida foi concebida
Como
dizes são apenas ilusões
Charlatanices
e vaidades
A
ilusão de vida bem preenchida
Obcecada
em futilidades
Acaba
a chorar por deixar os tostões
Algures, 15/11/2004
De comunismo até me deu para ler
Não para ser mestre mas o
suficiente
Para bem perceber
Percebi matéria de utopia ser
Assim e a meu ver
Possível de praticar
Porém mentalidades terão de mudar
L
Desta posição nunca abri mão
Património material só para viver
Nada de excedentes nem
superficial
Mas de rótulo comunista não escapei
Não dei importância a tal
Nunca me zanguei
Para meus juízes óculos de
cabedal
L
Houve
tempo sim
Quis
entender
Hoje não
Aprendi
a descontrair
A sorrir
também
Saber-te
aqui sentir tua mão
E da Vida
Há um chegar
Um agora
A caminhar
Distraídos a olhar
Chega logo a hora
De misteriosa ida
Se um
Deus permitir
Peço-Lhe
do nosso agora
Que nos
deixe ficar
Pois
nosso coração
Este
sentir
Não tem
explicação
Demonstrar um Deus
Nem fácil de fazer
Nem complicado
É não saber
Assim fica provado
Não me
preocupou
Provar
ou não
Basta-me
este sentir
De paz e
calma
Não sei
quem sou
Por aqui
a andar
Acredito
ter Alma
Debaixo da
mulembeira
Pescadinha
De rabo na boca
Deixo passar
Digo à Vida
Resolve de tua
maneira
E afinal
Era esta merda
De tanta confusão
Sem fazermos mal
Nossas diretas
Tanta inveja
Não receies
Não rimo com cerveja
Talvez não sei
Sem mim
Ficaram melhor
O que fizemos de mal
Também não sabes dizer
Caríssima amiga
Procuramos na alma
No subconsciente
Não fizemos mal
É sua tolice
Pode sossegar
Porém é assim
Que vive a
mesquinhice
Á espera de um
traque
Pa poderem cheirar
Difícil não
Nossa vida era assim
Dançar
Respirar
Ouvir teu coração
Não deixaram
Tudo bem
Dá tua mão
Vivemos sim
Sem razão
Acreditar
Não
A mim
Não enganam
Temos nós
No coração
E coração
Sabemos bem
Uma coisa de ser
Nós temos a nós
Nosso sentir
E Deus nesta união
Não sabe que fazer
Deixa ir
Sabe
bem
Olhe não
Pode olhar
Quase é para rir
Este viver
De apertar a mão
Sentir o coração
É doce
