Caminhar pelo Nada, permite-me encontrar
pedaços de mim.
Um nada de nada para pensar
Será sempre um nada a duplicar
Dois universos para preencher
Uma imensidão de espaço a considerar
Com bonitos aspetos para mostrar
Não sabe apenas quem não quer ver
Nestes becos encontra-se melhor a razão
L
As ilusões têm todas as cores que me
ajudam a viver.
Posso parar com as ilusões
Baixar à terra e pisar o chão
Mas obrigo-me os olhos a cerrar
Recuso-me a sair do meu canto
Dói-me a Alma de tanto desencanto
Não sou santo sei o que é errar
Tenho o direito de não olhar
L
Ninguém fica indiferente na sua
trajetória afetiva, podemos sim, é disfarçar melhor, ou pior, o que vamos
experimentando.
Fico triste se me magoarem
É algo natural de acontecer
Quanto a reagir por tal
Posso gritar para me ouvirem
Seguir em frente com desprezo
Cerrar os olhos e ignorar
Ou a mal meu ódio fazer sentir o peso
L
É mentira afirmar que não ofendo ou
magoo alguém, pela nossa natureza e estrutura social em que estamos inseridos,
não ofender ou não magoar, é impossível.
Em matéria emocional/sentimental, somos
todos profundamente diferentes, assim como planetas distantes, acreditar o
contrário, nem é fantasiar, é um rotundo engano.
Também já não sei como continuar
O coração sempre me enganou
Não me ludibriou a razão
Mas apelar a ela nada adiantou
A maior luta foi estabilizar
O norte ou sul forçar
Só acabou por tudo piorar
L
